Sobre a ordem da poesiaSobre o que a poesia se não há-de pronunciar eu o sei:sobre a coincidência das floressobre a natureza da almanunca sobre a natureza do diaA poesia nasce e faz-se aqui neste fazer-se poesiaaqui onde a poesia toma as proporções da mensagem do diaa esta luz mediterrânicaeste soleste céuaqui a poesia se transforma no todo da naturezae restitui ao convívio aquilo que ele não dá...(António Gancho, O ar da manhã)Este é o post número 100. Podia aproveitar para fazer um balanço do que tem sido este espaço para mim (a minha lareira). Podia aproveitar para reflectir sobre o que quero disto. Podia falar sobre as minhas fotografias e de como a ausência de pessoas não é ausência... Podia explicar o que penso disso. Podia explicar o que quero dizer da tristeza e o que é para mim o poema-mote deste blogue. Podia lembrar que gosto que o comentem, que o visitem, de o sentir como uma lareira para os amigos. Todos. Os que conheço e os que não sei quem são. Os que dizem o que pensam. Não fiz isso. Partilhei uns versos do António Gancho sobre a ordem da poesia.