As mais belas coisas do mundo
Valter Hugo Mãe
(custa-me um bocadinho escrever o nome dele assim, mas parece que voltou às maiúsculas...)
ofereci hoje este livro. depois de o ler. é lindo.
quinta-feira, dezembro 30, 2010
quarta-feira, dezembro 29, 2010
Pára-me de repente o pensamento
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz do esquecimento.
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado.
Pára e fica, e demora-se um momento.
Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, se demora.
E mergulha na noite escura e fria.
Um olhar de aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...
Ângelo de Lima
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz do esquecimento.
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado.
Pára e fica, e demora-se um momento.
Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, se demora.
E mergulha na noite escura e fria.
Um olhar de aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...
Ângelo de Lima
terça-feira, dezembro 21, 2010
segunda-feira, dezembro 20, 2010
quinta-feira, dezembro 09, 2010
quarta-feira, dezembro 08, 2010
descobri há pouco que foi a 8 de dezembro que a Florbela Espanca morreu. então fui ao baú buscar um poema que mudaria para sempre a minha vida, num passado tão distante...
Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor,
A mais triste de todas as mulheres.
Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa, a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...
Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei prà minha boca!...
Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor,
A mais triste de todas as mulheres.
Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa, a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...
Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei prà minha boca!...
quarta-feira, dezembro 01, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Sei que me vês
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Pedro Abrunhosa
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Pedro Abrunhosa
terça-feira, novembro 23, 2010
deus tem que ser substituído rapidamente por poemas,
sílabas sibilantes, lâmpadas acesas, corpos palpáveis,
vivos e limpos.
a dor de todas as ruas vazias.
sinto-me capaz de caminhar na língua aguçada deste
silêncio. e na sua simplicidade, na sua clareza, no seu abismo.
sinto-me capaz de acabar com esse vácuo, e de acabar comigo mesmo.
a dor de todas as ruas vazias.
mas gosto da noite e do riso de cinzas. gosto do
deserto, e do acaso da vida. gosto dos enganos, da sorte e
dos encontros inesperados.
pernoito quase sempre no lado sagrado do meu coração,
ou onde o medo tem a precaridade doutro corpo.
a dor de todas as ruas vazias.
pois bem, mário - o paraíso sabe-se que chega a lisboa na fragata do alfeite.
basta pôr uma lua nervosa no
cimo do mastro, e mandar arrear o velame.
é isto que é preciso dizer: daqui ninguém sai sem
cadastro.
a dor de todas as ruas vazias.
sujo os olhos com sangue. chove torrencialmente. o
filme acabou. não nos conheceremos nunca.
a dor de todas as ruas vazias.
os poemas adormeceram no desassossego da idade.
fulguram na perturbação de um tempo cada dia mais
curto. e, por vezes, ouço-os no transe da noite. assolam-me
as imagens, rasgam-me as metáforas insidiosas, porcas. ..e
nada escrevo.
o regresso à escrita terminou. a vida toda fodida - e
a alma esburacada por uma agonia tamanho deste mar.
a dor de todas as ruas vazias.
Al Berto
sílabas sibilantes, lâmpadas acesas, corpos palpáveis,
vivos e limpos.
a dor de todas as ruas vazias.
sinto-me capaz de caminhar na língua aguçada deste
silêncio. e na sua simplicidade, na sua clareza, no seu abismo.
sinto-me capaz de acabar com esse vácuo, e de acabar comigo mesmo.
a dor de todas as ruas vazias.
mas gosto da noite e do riso de cinzas. gosto do
deserto, e do acaso da vida. gosto dos enganos, da sorte e
dos encontros inesperados.
pernoito quase sempre no lado sagrado do meu coração,
ou onde o medo tem a precaridade doutro corpo.
a dor de todas as ruas vazias.
pois bem, mário - o paraíso sabe-se que chega a lisboa na fragata do alfeite.
basta pôr uma lua nervosa no
cimo do mastro, e mandar arrear o velame.
é isto que é preciso dizer: daqui ninguém sai sem
cadastro.
a dor de todas as ruas vazias.
sujo os olhos com sangue. chove torrencialmente. o
filme acabou. não nos conheceremos nunca.
a dor de todas as ruas vazias.
os poemas adormeceram no desassossego da idade.
fulguram na perturbação de um tempo cada dia mais
curto. e, por vezes, ouço-os no transe da noite. assolam-me
as imagens, rasgam-me as metáforas insidiosas, porcas. ..e
nada escrevo.
o regresso à escrita terminou. a vida toda fodida - e
a alma esburacada por uma agonia tamanho deste mar.
a dor de todas as ruas vazias.
Al Berto
segunda-feira, novembro 22, 2010
o céu é aquela clareira
o céu é aquela clareira
onde deito os olhos com ténues
cambiantes de cor que quase
gasto nas mãos, e como. como
o céu e aguardo uma
digestão convulsa. enquanto
o aguaceiro seca na terra antes que o
possa beber e deus se
vinga de mim ditando
os versos que escondem
a água ao mundo. já as
fogueiras florindo em volta,
murchando o dia que me
persegue. uma intervenção
divina para me resistir
valter hugo mãe
estou escondido na cor amarga do fim da tarde
o céu é aquela clareira
onde deito os olhos com ténues
cambiantes de cor que quase
gasto nas mãos, e como. como
o céu e aguardo uma
digestão convulsa. enquanto
o aguaceiro seca na terra antes que o
possa beber e deus se
vinga de mim ditando
os versos que escondem
a água ao mundo. já as
fogueiras florindo em volta,
murchando o dia que me
persegue. uma intervenção
divina para me resistir
valter hugo mãe
estou escondido na cor amarga do fim da tarde
quinta-feira, novembro 18, 2010
Ai se eu pudesse falar
Dizia coisas agora
Que me faziam chorar
O melhor é ir-me embora
Ai se eu pudesse falar
Se não fosse proibido
O que tenho de calar
O que me está no sentido
O que distingue os poetas
Os faz diferentes da gente
É dizer em duas letras
O que toda a gente sente
É esta limitação
Que Deus me deu a escrever
Que enche o meu coração
De coisas para dizer
Amália Rodrigues
Dizia coisas agora
Que me faziam chorar
O melhor é ir-me embora
Ai se eu pudesse falar
Se não fosse proibido
O que tenho de calar
O que me está no sentido
O que distingue os poetas
Os faz diferentes da gente
É dizer em duas letras
O que toda a gente sente
É esta limitação
Que Deus me deu a escrever
Que enche o meu coração
De coisas para dizer
Amália Rodrigues
domingo, novembro 14, 2010
sábado, novembro 13, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
bem sei que me repito, mas que hei-de eu fazer?...
Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.
Álvaro de Campos, Poemas
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.
Álvaro de Campos, Poemas
quinta-feira, novembro 11, 2010
Adeus Senhor do Adeus
disse-lhe muitas vezes adeus. cruzei-me muitas vezes com ele na minha rua que era nossa e passou a fazer parte. da minha vida como da cidade.
http://www.youtube.com/watch?v=PwQ28vw3M7s
http://www.youtube.com/watch?v=PwQ28vw3M7s
terça-feira, novembro 09, 2010
segunda-feira, novembro 08, 2010
Encantei-me com as nuvens, como se fossem calmas
locuções de um pensamento aberto. No vazio de tudo
eram frontes do universo deslumbrantes.
Em silêncio via-as deslizar num gozo obscuro
e luminoso, tão suave na visão que se dilata.
Que clamor, que clamores mas em silêncio
na brancura unânime! Um sopro do desejo
que repousa no seio do movimento, que modela
as formas amorosas, os cavalos, os barcos
com as cabeças e as proas na luz que é toda sonho.
Unificado olho as nuvens no seu suave dinamismo.
Sou mais que um corpo, sou um corpo que se eleva
ao espaço inteiro, à luz ilimitada.
No gozo de ver num sono transparente
navego em centro aberto, o olhar e o sonho.
António Ramos Rosa
sexta-feira, novembro 05, 2010
quinta-feira, novembro 04, 2010
quarta-feira, novembro 03, 2010
terça-feira, novembro 02, 2010
Sobre um Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
segunda-feira, novembro 01, 2010
leitura do fim-de-semana
os corações também se gastam
Pedro Paixão
(para matar saudades de textos curtos; para matar saudades de ler um livro de uma assentada)
Pousa um momento,
Um só momento em mim,
Não só o olhar, também o pensamento.
Que a vida tenha fim
Nesse momento!
No olhar a alma também
Olhando-me, e eu a ver
Tudo quanto de ti teu olhar tem.
A ver até esquecer
Que tu és tu também.
Só tua alma sem tu
Só o teu pensamento
E eu onde, alma sem eu. Tudo o que sou
Ficou com o momento
E o momento parou.
Fernando Pessoa
Um só momento em mim,
Não só o olhar, também o pensamento.
Que a vida tenha fim
Nesse momento!
No olhar a alma também
Olhando-me, e eu a ver
Tudo quanto de ti teu olhar tem.
A ver até esquecer
Que tu és tu também.
Só tua alma sem tu
Só o teu pensamento
E eu onde, alma sem eu. Tudo o que sou
Ficou com o momento
E o momento parou.
Fernando Pessoa
fui reler os primeiros posts e sendo eu a mesma, a minha vida é já tão outra que tudo parece muito mais distante do que 5 anos. os sentidos para aqui chegar, como lhes chamei, são os mesmos sentidos, na essência (embora não exactamente na forma) com que o fui mantendo ao longo destes anos, embora o tivesse abandonado algumas vezes. o tempo que lhe dedicava foi escasseando e outras ferramentas (como o FB) foram ocupando esse tempo. mas ele aqui está, como forma de escrever o mundo ainda. como forma de ir dizendo o mundo, dentro e fora de mim, embora só às vezes. e quase sempre com as palavras dos outros.
domingo, outubro 31, 2010
Que a cobra fique à espera sob
as suas ervas daninhas
e que a escrita se faça
de palavras, lentas e prontas, rápidas
no ataque, quietas na tocaia,
sem jamais dormir.
- pela metáfora reconciliar
as pessoas e as pedras.
Compor (ideias
só nas coisas) Inventar!
Saxífraga é a minha flor que fende
as rochas.
William Carlos Williams
as suas ervas daninhas
e que a escrita se faça
de palavras, lentas e prontas, rápidas
no ataque, quietas na tocaia,
sem jamais dormir.
- pela metáfora reconciliar
as pessoas e as pedras.
Compor (ideias
só nas coisas) Inventar!
Saxífraga é a minha flor que fende
as rochas.
William Carlos Williams
sábado, outubro 30, 2010
quarta-feira, outubro 27, 2010
domingo, outubro 24, 2010
terça-feira, outubro 05, 2010
domingo, setembro 19, 2010
um passeio pessoano muito especial
domingo, setembro 05, 2010
domingo, agosto 29, 2010
filmes
a tentar recuperar bons hábitos, filmes dos últimos dias:
O segredo dos seus olhos, argentino, de Juan José Campanella.
O segredo dos seus olhos, argentino, de Juan José Campanella.
só depois de ver percebi que tinha sido o filme vencedor do óscar para melhor filme estrangeiro 2010. um policial sobre o amor e o impacto da vingança na vida das pessoas. ou o impacto do amor. gostei dos actores e de uma belíssima Soledad Villamil.
Salt, de Phillip Noyce, ou melhor, Salt, com Angelina Jolie (se foi por isso que o fui ver, é melhor dizer já).
de ficar sem fôlego (por isso também, mas principalmente porque a velocidade dos acontecimentos é estonteante). vê-se bem e espero que continue a saga qualquer dia.
Canino, grego, de Yorgos Lanthimos. uns quantos socos no estômago. será um filme sobre os limites da condição humana, a alienação... o mais impressionante filme que vi nos últimos anos. e isto no sentido literal, impressionante no sentido de impressionar. ainda estou impressionada e talvez não passe depressa. quem não viu não percebe nada do que digo, quem viu talvez...
sábado, agosto 28, 2010
sexta-feira, agosto 13, 2010
quinta-feira, agosto 12, 2010
Por amor s'orna a terra
d'água e de verdura;
às árvores dá folhas, cor às flores.
Em doce paz, a guerra;
a dureza, em brandura;
e mil ódios converte em mil amores.
Quantas vidas a dura
morte desfaz, renova;
a formosa pintura
do mundo, amor a tem inteira e nova.
António Ferreira, Castro
A Formosa Pintura do Mundo de Frederico Lourenço. o meu primeiro livro de férias. gostei.
d'água e de verdura;
às árvores dá folhas, cor às flores.
Em doce paz, a guerra;
a dureza, em brandura;
e mil ódios converte em mil amores.
Quantas vidas a dura
morte desfaz, renova;
a formosa pintura
do mundo, amor a tem inteira e nova.
António Ferreira, Castro
A Formosa Pintura do Mundo de Frederico Lourenço. o meu primeiro livro de férias. gostei.
domingo, agosto 01, 2010
quarta-feira, julho 07, 2010
terça-feira, julho 06, 2010
domingo, julho 04, 2010
sábado, julho 03, 2010
domingo, junho 27, 2010
sábado, junho 26, 2010
sexta-feira, junho 25, 2010
e durante muito tempo quase todos os dias à noite eu aqui vinha. depois o FB começou a roubar esse espaço e esse tempo foi-se gastando por lá. mas vou tendo saudades de aqui voltar e do tempo em que procurava os versos para as imagens do dia. as efemérides passaram a passar mais por lá que por aqui. mas é a este canto, a minha "lareira", que me apetece voltar. tentarei.
sábado, maio 15, 2010
quarta-feira, março 24, 2010
sexta-feira, janeiro 01, 2010
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