quarta-feira, agosto 23, 2006

deve chamar-se... azul-mergulho
deve chamar-se... azul-esplanada

quarta-feira, agosto 16, 2006

Peguei o arco-íris pelas pontas
E dei-lhe as duas voltas de um cachecol
A ver se assim das nuvens tu me contas
Porque és agora chuva, agora sol

Porque é que o teu olhar carmim-celeste
Tem do azul toda a melancolia
E o beijo cor-da-lua que me deste
À beira da maçã que em mim floria

Porque há lilases brancos no teu sonho
Promessas cor-de-fogo no sorriso
Talvez sejam as cores que eu componho
Talvez sejam as cores que eu preciso

Nas verdes madrugadas dos amores
Em todas elas eu me sinto tua
Talvez o arco-íris tenha as cores
Que eu só consigo ver à luz da Lua


poema de João Monge -o cachecol do fadista- cantado por Aldina Duarte, em Crua
, em Crua)

(imagem de pormenor do mar e do céu na Ponta do Sal)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Obrigada!
a todos!
aos que telefonaram.
aos que mandaram mensagens.
aos que mandaram e-mails.
aos que mandaram e-cards.
aos que fizeram comentários aqui.
(a quem fez um post sobre isso. Ai Nádia, Nádia!)
aos que foram.
aos que estiveram muito tempo.
aos que estiveram pouco tempo.
aos que não se esquecem nunca.
(aos que se esquecem, mas que um dia destes se lembram!)
fiz 33 anos ontem.
que bom ter amigos!

segunda-feira, agosto 07, 2006

segredos de férias. às vezes I.

às vezes ouçou as conversas dos outros nas esplanadas.
e não disfarço muito.
o post anterior foi o número 200. pois foi.

estava a chegar a casa e havia uma lua atrás do candeeiro. a iluminar o Tejo. estava cheia.

estava a chegar a casa e havia uma lua atrás do candeeiro. a iluminar o Tejo. estava cheia.
Descobertas de férias I.

ópera só fica bem com vinho tinto (mesmo sendo Madama Butterfly cantado pela Callas uma coisa esmagadora)

chocolate só fica bem com vinho... se for tinto.

(vinho branco fica bem nas sardinhadas e em piqueniques)
Tempo de férias. Mar II.
O mar azul e branco e as luzidias
Pedras – O arfado espaço
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal espuma e concha regressada
À praia inicial da minha vida.

(Inicial, Sophia Andresen)


quinta-feira, agosto 03, 2006

Tempo de férias. Pinhal de Leiria.

D. Dinis

Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.



Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.

(Fernando Pessoa, Mensagem)




o meu gato namora.
com a Pantera Cor-de-Rosa.

terça-feira, agosto 01, 2006

Tempo de férias. Mar I

Mar sonoro

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)