quinta-feira, dezembro 20, 2007

o meu largo tem uma árvore que nestes dias de muitos cansaços brilha um feliz natal sempre que chego.
tenho a sorte de morar junto de um largo que me deseja
feliz natal.
para todos os que me visitam aqui fica a árvore do meu largo

sexta-feira, dezembro 07, 2007

...e depois de muitos dias frios, cinzentos, brancos, ventosos, hoje, dia de Passeio Pessoano, passeei num dia azul, com sol e até calor ao almoço!.... e estou assim :)))))))))

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo - Transeunte inútil de ti e de mim.

Fernando Pessoa

vêm esta imagem e estes versos a propósito do Passeio Pessoano que farei amanhã, com os meus alunos. a ver vamos se terei uma madrugada como esta, com o sol a querer chegar. entusiasmada estarei, como sempre, por aqueles lugares "de aldeia na cidade" que revisito com os versos do Pessoa e os olhares curiosos dos meus alunos. a ver vamos.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
os primeiros versos do mais belo poema do mundo. Tabacaria, de Álvaro de Campos / Fernando Pessoa, que morreu a 30 de Novembro de 1935.
72 anos depois aí anda, pelas mesmas ruas de Lisboa.

quinta-feira, novembro 29, 2007

a última frase

I know not what tomorrow will bring.

Fernando Pessoa, 29 de Novembro de 1935

domingo, novembro 25, 2007

temporada 2007
(e uns regressos a casa mais iluminados!)

segunda-feira, novembro 19, 2007


chuva. frio. trovoada.
calças molhadas. medo de escorregar. chapéus de chuva a pingar. o jornal molhado. autocarro cheio.
regresso do cachecol. das botas. do casaco de lã. das mãos frias. do aquecedor ao chegar a casa.
chuva. frio. trovoada. o susto da trovoada em cima de mim.

domingo, novembro 18, 2007

Portugal 1 Arménia 0
gritámos mais antes do jogo do que depois do jogo. jogaram mal. mas ganhámos. e este estádio, com o castelo, lindo, a espreitar...
estava tanto frio... mas foi tão bom! (a minha equipa de bancada é das melhores do mundo!)

segunda-feira, novembro 12, 2007


és feita de pedra e de luz
quando te atravesso
és infinitamente grande
raiva de não te poder abraçar inteira.
é quando te atravesso que te abraço.

regresso à origem
de Lisboa em mim à noite

segunda-feira, novembro 05, 2007

Pessoa revisita Lisboa...

...onde menos se espera



Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
A Outra Margem
de Luís Filipe Rocha

ando há dois dias para escrever este post. é difícil para mim fazê-lo por uma razão simples: adoraria ter gostado mais deste filme. a promessa de cartaz é "um travesti que perdeu o gosto pela vida é confrontado com a alegria de viver de um adolescente com síndrome de Down" e essa é uma promessa simples mas ambiciosa. naturalmente ambiciosa porque lida com preconceitos difíceis de ultrapassar numa sociedade rural e de um tempo bem mais intolerante.
cumpre de alguma forma a promessa de abrir os olhos ao espectador intolerante ao confrontá-lo com os limites da (a)normalidade. mas sabe-me a pouco porque deixa inconsistente uma relação que poderia ter sido bem mais bela (afinal o cinema pode - e deve? - fazer isso). a narrativa é inconsistente em muitos aspectos e naquele em que não podia sê-lo: a relação de Ricardo com Vasco.
gostei do excepcional trabalho do Filipe Duarte e do excepcional trabalho do Tomás Almeida. mas adoraria ter gostado mais deste filme.

sábado, novembro 03, 2007

A Estranha em Mim - The Brave One
de Neil Jordan
desde 1992, com The Crying Game, que o Neil Jordan não me dava um soco no estomâgo como este (e depois da desilusão do Breakfast on Pluto).
um filme forte sobre o medo, a força e a estranheza de uma mulher quando se perde dentro da força que arranja para combater o medo. violento. como a estranheza da condição humana.
e uma sempre bem-vinda Jodie Foster (que também se redime da minha desilusão com o seu Flightplan)

Paraíso
de Olga Roriz
com Catarina Câmara, Maria Cerveira, Sara Carinhas, Sylvia Rijmer, Bruno Alexandre, Pedro Santiago Cal

Teatro São Carlos - até 4 de Novembro


Integrado no espaço da programação dedicado à dança contemporânea do Teatro de São Carlos o espectáculo de Olga Roriz inspirou-se no musical americano e tem a particularidade de algumas canções serem interpretadas pelos bailarinos.
Há muito tempo que um espectáculo não me esmagava desta maneira (ri, chorei, arrepiei, turbilhei!).
A maravilhosa Sara Carinhas canta ‘Homens e Mulheres’ e ‘Bang Bang’ - You shot me down / Bang Bang, I hit the ground
(ainda têm tempo até dia 4; é que vale mesmo a pena!)

terça-feira, outubro 30, 2007

este fim-de-semana soube a
lareira
cheirou a
frio
gargalhadas
e céu azul.

quarta-feira, outubro 24, 2007

o dia começou atrasado, depois de uma noite de insónia perdi o autocarro pela primeira vez corri para apanhar o metro entrei num autocarro a abarrotar apanhei chuva quando saí do autocarro e continuei com um sorriso nos lábios. dois sorrisos juntos.
E a leitura da semana foi:
Fernando Pessoa, O menino da sua mãe
de Amélia Pinto Pais
este livro é LINDO. não escrevi aqui sobre ele há mais tempo porque não saberia o que dizer.
foi apresentado na Casa Fernando Pessoa na semana passada e foi com uma imensa emoção que percebi que continuo a sentir-me a deslumbrada aluna da melhor professora do mundo. que neste livro nos ensina como é lindo e grande este menino, Fernando Pessoa. há vinte anos que aprendo com ela, sempre.
(entretanto na sexta-feira à noite vivi um momento lindo quando partilhei o livro, os poemas e a emoção (a irmazinha quis que eu lesse!) com aquelas pessoas lindas que foram a correr comprá-lo. amo-vos por tudo, por nada e por isso)
les chansons d'amour
de Christophe Honoré

gostei deste filme porque:
- adoro Paris e tenho saudades,
- adoro a língua francesa e ouço-a pouco;
- continuo a achar que a língua francesa está muito próxima da língua do amor;
- o amor é o amor - quando é múltiplo (poli?), quando é indefinido, quando é difícil, quando é grande, quando dura muito e quando dura pouco e não tem orientação, predefinida ou socialmente reprimida;
- saí com um sorriso nos lábios e o coração contente;
gostei muito deste filme.


e há mais tempo vi

o capacete dourado
de Jorge Cramez

gostei deste filme porque:
- é português e gosto e vou ver cinema português;
- a banda sonora é muito interessante;
- os actores, jovens, prometem (e aqui cumprem!);
- este plano da noite da festa é LINDO e salvaria um filme;
- gostei de ver um amigo num "papel" diferente;
- o mais recente cinema português está quase todo lá (é que está mesmo e isso é genial).
a pedido de várias famílias (pronto, houve uma que insistiu mais...) volto a iniciar a tentativa de registar aqui os filmes que vou vendo. pelo menos aqueles de que vou gostando. prometo que vou tentar (às vezes o tempo não dá para tudo).

sexta-feira, outubro 19, 2007

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.
Elmer G. Letterman
como a minha AMIGA afg está mais velha um ano e eu me alegro, e muito, por ela estar mais um ano na minha vida aqui lhe deixo esta praia, que é das que mais gosto no mundo (e ela uma menina das que mais gosto também. ela sabe, mas sei que gosta que a lembre!). parabéns!

terça-feira, outubro 16, 2007


Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
(de um soneto de Vinicius de Moraes)
a Alice desapareceu. há mais de quinze dias que não me vê chegar a casa. olho à minha volta e tento encontrá-la todos os dias no meu caminho. os filhos dela andam por cá e esperam. a olhar o Tejo. e a olhar para mim.

domingo, outubro 07, 2007

fim-de-semana prolongado soube a
cinema exposição o corpo humano como nunca o viu passeios na Baixa 8ª Festa do Cinema Francês passeios jantar em família irmanzinha Adolfo e Eva juntos gato Rosa e gata Azul O Segredo Feira da Ladra sardinha assada Jardim da Estrela eléctrico 28 fotografar Lisboa experiências com vermicelli e tudo aquilo que não posso contar
e como fim-de-semana prolongado soube a
pouco
o melhor do fim-de-semana prolongado é prolongá-lo
até segunda :)

sexta-feira, outubro 05, 2007

hoje é dia de oferecer flores.
é Dia da República.
é Dia do Professor.
é dia da Melhor Professora do Mundo. a quem dedico especialmente estas flores.

terça-feira, outubro 02, 2007

hoje uma menina dedicou um post aos gatos que conhece. como já me perguntou várias vezes pelo Adolfo, que também lá está, e não se têm cruzado, aqui fica. olha como ele está grande!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.

Sim, mas agora,

Enquanto dura esta hora,

Este luar, estes ramos,

Esta paz em que estamos,

Deixem-me crer

O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa


quinta-feira, setembro 13, 2007


Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro chama-se amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
Tenzin Gyatso, Dalai Lama

quarta-feira, setembro 12, 2007

Esta tarde a trovoada caiu
Pelas encostas do céu abaixo
Como um pedregulho enorme...

Como alguém que duma janela alta
Sacode uma toalha de mesa,
E as migalhas, por caírem todas juntas
Fazem algum barulho ao cair,
A chuva chiou do céu
E enegreceu os caminhos...

Quando os relâmpagos sacudiam o ar
E abanavam o espaço
Como uma grande cabeça que diz não,
Não sei porquê - eu não tinha medo -
Quis-me rezar a Santa Bárbara
Como se eu fosse a velha tia de alguém...

Ah, é que rezando a Santa Bárbara
Eu sentir-me-ia ainda mais simples
Do que julgo que sou...
Sentir-me-ia familiar e caseiro
E tendo passado a vida
Tranquilamente, ouvindo a chaleira,
E tendo parentes mais velhos que eu
E fazendo isso como se florisse assim.
Sentir-me-ia alguém que possa acreditar em Santa Bárbara...
Ah, poder crer em Santa Bárbara!

(Quem crê que há Santa Bárbara,
Julgará que ela é gente e visível
Ou que julgará dela?)

(Que artifício! Que sabem
As flores, as árvores, os rebanhos,
De Santa Bárbara,?... Um ramo de árvore,
Se pensasse, nunca podia
Construir santos nem anjos...
Poderia julgar que o sol
Alumia e que a trovoada
É um barulho repentino
Que principia com luz.
Ah, como os mais simples dos homens
São doentes e confusos e estúpidos
Ao pé da clara simplicidade
E saúde de existir
Das árvores e das plantas!)

E eu, pensando em tudo isto,
Fiquei outra vez menos feliz...
Fiquei sombrio e adoecido e soturno
Como um dia em que todo o dia a trovoada ameaça
E nem sequer de noite chega...


Alberto Caeiro

domingo, setembro 09, 2007



Da rosa silvestre,
pétalas caem aos poucos -
ao som da cascata?

Matsuo Bashô (1644-1694)

Imagens orientais - versão portuguesa de Luísa Freire





Kyoto Gardens, Holland Park, Londres

sábado, setembro 08, 2007

HAIRSPRAY

muito divertido! com uma mensagem linda ainda hoje! porque há ritmos que não nos podem mesmo fazer parar. nunca. que a diferença não nos faça parar. e que o ritmo nos faça prosseguir sempre!


Nikki Blonsky

linda!!!!!!!!!!!!!!








(e os meninos que me acompanharam são dos mais lindos do mundo!)

quinta-feira, setembro 06, 2007

...
Acredita no que desejas, as palavras
decalcam do teu coração
a palpitação que, adolescente, sentes às 3
da tarde no banco de cimento,
e o verão e as árvores e as aves
levam-te ao enfeite ideológico
da paixão.
...
Fernando Luís Sampaio, Falsa Partida
o banco não é de cimento, mas é de verão. e o recado urgente na noite (e nos dias que nos fazem)

terça-feira, setembro 04, 2007

toda a gente precisa de um sítio para pensar





segunda-feira, setembro 03, 2007

Um ano diferente

Começa hoje um ano lectivo diferente.
Perco no quotidiano da casa em que trabalho uma das coisas mais importantes que aqui ganhei – uma das pessoas mais importantes da minha vida. Os nossos caminhos cruzaram-se nesta escola e foram feitos de muitas horas de trabalho. A nossa cumplicidade no trabalho, o nosso empenho, algumas vezes a nossa discordância, muitas vezes a nossa luta, acabou, não poderia ser doutra forma, por nos aproximar para lá do portão desta escola.

Apoio-te incondicionalmente na decisão que tomaste, Vera. Acho que deves fazê-lo. Mas quero que saibas que a minha vida nesta escola será para sempre diferente. Será para sempre menos cheia e menos feliz! Vou ter muitas saudades de trabalhar contigo, de discordar de ti, de me enervar contigo, de lutar contra as tuas momentâneas intransigências. Vou ter muitas saudades dos teus matinais beijos na testa e de me apertares as bochechas até à vermelhidão! Vou ter saudades das tuas cuscuvilhices e das tuas perguntas difíceis!
Temos uma enorme alegria em comum, a Mimicas, somos comadres!:)
Seremos para sempre amigas, tenho a certeza! Mas a minha vida nesta escola, este ano e para sempre, será muito diferente!

Obrigada por tudo o que fizeste pelos nossos alunos!
E as maiores felicidades do mundo no novo emprego!
A partir de hoje continuaremos juntas. Para lá do portão desta escola.

quinta-feira, agosto 30, 2007

ah, e já me esquecia...
obrigada a todos os que não se esqueceram do dia 10.
continuo a gostar muito de fazer anos!

quarta-feira, agosto 29, 2007

porque ainda estou de férias e elas são para aproveitar até ao último dia, resolvi regressar com a ideia de passeio. mas já que aqui vim, algumas coisas a assinalar:
  • livros de verão (só porque os li neste mês que para mim, é O mês de verão)

de Cuca Canals: 500 mil histórias de amor (nada como os bons velhos tempos de Berta, A grande ou Chora Alegria, os meus livros preferidos dela)

de Haruki Murakami: Sputnik, meu amor (um livro estranho, dizia-me a Cat, que mo deu; estranha-se, sim, mas entranha-se, do princípio ao fim. recomendo vivamente)
de Dorothy Parker: Contos (finalmente a ler esta menina. muito bom)
  • filmes de verão

David Silverman: The Simpsons: The Movie (mas quem é que não delira com a cena do "spider-pig"?)

Gregg Araki: Mysterious Skin

Quentin Tarantino: À Prova de Morte

Bruce A. Evans: A Face Oculta de Mr. Brooks

tristeza de verão

Eduardo Prado Coelho

(reli hoje quase todas as crónicas desde 1998 ainda online no site do Público)

vamos passear!
vamos?

sexta-feira, agosto 24, 2007

tempo de férias!

e o melhor das férias é...
chegar e prolongar as férias!

domingo, agosto 12, 2007


vim!
agora so volto dia 20.
(nao me esqueci dos acentos, este teclado nao me deixa po-los)
boas ferias!!!!!

terça-feira, agosto 07, 2007


a última ceia ou sobre "O Cerejal" de Anton Tchékhov

com ana ribeiro, mónica calle, mónica garnel, rita só e rute cardoso



fui ver ontem. quer dizer, esta peça não se vê, vive-se.

vou tentar explicar. o que a Mónica Calle propunha era "um jantar para 25 pessoas, 4 semanas, 4 ementas, 4 apresentações diferentes". participámos na segunda. e esta foi, de facto, uma experiência diferente. estamos à mesa, com as actrizes, que dizem (bem) o texto. e o resto foi acontecendo, o texto, o jantar, a partilha, o riso (com a Ivette ao meu lado quem me aguentaria calada?).

a desconstrução do texto de Tchékhov e a proposta arrojada de Monica Calle venceram e fizeram-me ganhar a noite. depois, no final, ficamos a conversar com os actores e a falar sobre o que ali se passou.

bem, primeiro estranha-se, depois entranha-se, como dizia o outro. mas vale mesmo a pena.
pela primeira vez na vida consegui abrir uma garrafa de champanhe sozinha! quase um ano e meio depois de viver sozinha atrevi-me. e consegui!!!! tinha tanto medo!...
(agora vou ter de a beber toda sozinha! para comemorar!...)

segunda-feira, agosto 06, 2007



e lá fui.

gostei especialmente de 3 coisas:

- o trabalho de Vivan Sundaram, neto de Amrita Sher-Gil que recuperou uma montagem de fotografias de Amrita, tiradas na Índia e em Paris na década de 30. encontra-se na sala Re-take. adorei e demorei-me a olhá-las.

- Aino Kannisto, da Finlândia (jovem, nasceu em 1974) - também fotografia. gostei mesmo muito. talvez a minha grande descoberta da visita, cujo trabalho andei já a espiolhar para conhecer melhor.

- elejo 2 quadros:

Portrait of Jacqueline, 1984, de Julian Schnabel

The Barn, 1994, de Paula Rego

fim de tarde.
sexta-feira.
praia preferida.
óptima companhia.
Meco. Praia das Bicas.



e a noite a chegar...
o mesmo sítio.
a mesma paz.
uma fogueira acesa.
maravilhosa companhia.
para sempre.
Meco. é mesmo um dos meus "sítios". vá onde for, faça o que fizer, voltarei sempre cá.

quarta-feira, agosto 01, 2007

inquietam-me as cores fortes no céu
as nuvens inseguras
as que se deixam vencer
pelo sol a arder.


inquieta-me a estrada
vence-me a ponte.

regresso.

admirável estrada que me leva
a ti.
Nunca te direi a verdade toda.
Mas nos olhos levo-te as cores fortes do céu deste dia.

Para todos os dias.



terça-feira, julho 31, 2007

o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.

José Luís Peixoto
Michelangelo Antonioni
(1912 - 2007)


acho que nem consigo dizer grande coisa.
este é também um gigante na minha vida.

(foi com a Amélia Pais que vi este filme pela primeira vez. foi por ela que soube do Bergman ontem. e do Antonioni hoje. e sim, foi ela quem me ajudou a apaixonar pelo cinema. para sempre.)

segunda-feira, julho 30, 2007

Ingmar Bergman
(1918-2007)










passei o dia sem net - (como isso agora nos desliga do mundo!). cheguei a casa e soube. Ingmar Bergman morreu hoje. não posso deixar de sentir este vazio quando um gigante morre. uma amiga (curiosamente alguém que na adolescência me ajudou a apaixonar pelo cinema) dizia num mail que ele a ajudou a ver cinema. pois é. para sempre.

(não poderia escolher nenhuma imagem minha para este post - Persona, 1966)
de regresso a casa...
cheira a calor em Lisboa...

quarta-feira, julho 25, 2007

amanhã há festa. no Musicbox (Rua Nova do Carvalho, nº 24. Cais do Sodré. Lisboa)
(a minha camisa será desta cor)

terça-feira, julho 24, 2007

vigias-me os passos
todos os dias

és da rua
da calçada
e do Tejo ao fundo

vigias-me os passos
todos os dias

chamo-te e vens.
és Alice.

(e este post é dedicado à Cat, a madrinha)

domingo, julho 22, 2007


Agua de Rosas

Eres... vara de Romero
madre del deseo
que el rio cantó
Eres... suripanta del pueblo
la mujer que mas quiero
que me da de beber






Lila Downs. Festival Delta Tejo. 21 de Julho.
muito muito bom.
(e claro que dedico este post à mana from leiria)

sábado, julho 21, 2007



Mutantes. Festival Delta Tejo. 20 de Julho. Lindos!




e a maravilhosa Zélia Duncan. Linda!







quinta-feira, julho 19, 2007



entre as muitas coisas em que pensar, muitos trabalhos e muitos preparativos antes de férias, algumas coisas boas a destacar, nestes dias em que se corre e em que de tanto correr parece que não se sabe andar doutra maneira:

Luz. o novo disco de Pedro Abrunhosa. já tinha saudades dos poemas deste menino. e arrepiei-me quase até às lágrimas com a Balada de Gisberta (prometo pô-la aqui um dia destes)







Asfixia. de Pedro Paixão. apetece-me tanto lê-lo a toda a hora, que tendo pena de acabar, faço o esforço de dosear a leitura, para fruir devagar este prazer.

sexta-feira, julho 06, 2007



Bethânia fantástica, esta noite no Coliseu.

onde a revi com a mesma força e maravilhosa voz de sempre. desta vez navegando num "mar de Sophia".

deixo aqui, claro, o poema azul

O mar / Beijando a areia / E o céu / A lua cheia / Que cai no mar / Que abraça a areia / Que mostra ao céu / E à lua cheia / Que prateia / Os cabelos do meu bem / Que olha o mar / Beijando a areia / E uma estrelinha / Sôlta do céu / Que cai no mar / Que abraça a areia / Que mostra ao céu / E à lua cheia / Um beijo meu

Sérgio Ricardo

quarta-feira, julho 04, 2007



...olhei-te e no sol havia pedras...