terça-feira, março 11, 2008


Lisboa sob névoa

Na névoa, a cidade, ébria
oscila, tomba.
Informes, as casas
perdem o lugar e o dia.
Cravadas no nada,
as paredes são menires,
pedras antigas vagas
sem princípio, sem fim.
Fiama Hasse Pais Brandão
As Fábulas
edições quasi

2 comentários:

C_mim disse...

que lindos poemas e fotos para aqui andam... ;)

Anónimo disse...

A quase invisibilidade mostra facetas inesperadas do quotidiano citadino, nem sempre contrariadas pela visibilidade que uma foto permite... As viagens que podemos ou não fazer ficam ao cuidado da imaginação e são um caminho poético que surge...(de um nada que quer dizer... nada?).Bj