terça-feira, janeiro 10, 2006


O Tejo ao fundo é um lago azul, e os montes da outra banda são uma Suíça achatada. Sai um navio pequeno – vapor de carga preto – dos lados do Poço do Bispo para a barra que não vejo. Que os deuses todos me conservem, até à hora em que cesse este meu aspecto de mim, a noção clara e solar da realidade externa, o instinto da minha importância, o conforto de ser pequeno e de poder pensar em ser feliz!

(Bernardo Soares)

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