sábado, novembro 19, 2005


Daquilo que está por baixo
Até ao que fica no alto
Vão dois carris de metal
Na calçada de Basalto

Desde este lugar sem história
Até um lugar na história
Vão apenas dois minutos
No Elevador da Glória

No Elevador da Glória
Duma existência banal
Até às luzes da ribalta
Há dois carris de metal

Desde a Baixa à vida alta
Desde o triste anonimato
Desde a ralé e a escória
Até à fama e ao estrelato

Há o Elevador da Glória

No Elevador da Glória

(Rádio Macau, 1987)

6 comentários:

Perola Granito disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Fotografia interessante para o Projecto C. Com texto não menos interessante... ;)

C. (Carla Laranjeira) disse...

Cris:
Obrigada pelo comentário! Falaremos disso, então!

Anónimo disse...

Ainda por ali estão os meus pés. O meu olhar. Sempre.
Estranhamente, o amarelo reconcilia-me...

Anónimo disse...

O poema está muito giro!Acho que me lembro vagamente dessa música dos Radio Macau.No Elevador propriamente dito, so andei uma vez.

Fora Das Mãos disse...

Esta é uma das tuas fotos de que mais gosto.Obrigada!