quinta-feira, novembro 24, 2005

Presente
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
A rosa dos tempos desabrocha, desabrocha
Desabrocha novamente
Eu quero simplesmente
A vida semente
A mente que vibra
Vibra as fibras da cidade
Que vibra novamente
Eu quero simplesmente
Você nesse instante
Amante da vida da vida amante
E o gozo do mundo, gozo sem fundo
Gozamos durante


Avenida da Liberdade
(texto de de Zé Miguel Wisnik, cantado pela Zélia Duncan em "Eu me transformo em outras")


2 comentários:

Anónimo disse...

As bolas que disseste poder ter-me levado a ver... E como brilham e encantam os olhos... Até poderia haver assim tantas luas... Mas os olhos prendem-se mais a uma, para aí descansar. Hoje vou dormir com esta luz na memória.

Anónimo disse...

"Lisboa"

Guardo Lisboa na palma da mão
Basta abri-la para dela me lembrar
Lisboa é energia e mansidão
Que ao menos eu pudesse descrever...

O bulício das ruas e avenidas
O fervilhar dos quiosques e cafés
A doçura das tardes lânguidas...
Que serenam esta alma de ansiedades

Um poema a desenhar toda a cidade
Solfejo que desvia as andorinhas
O eco do encanto de um piano...
No recanto das pupilas dos teus olhos

Crianças que pululam em calçadas
Descalças,caladas ou cantantes...
Berlindes que rolam insistentes
Por labirintos em festividades

Lisboa...Grande sede de Amar...
em tardes quentes amorosas
Canto o gozo da frescura
à sombra das tuas árvores

Mas é ao Crepúsculo da Noite
Que o casario me fascina
cada luz é um Sonho
Uma estrela em cada janela

Teus olhos se abrem lestos
Ao clarão-adeus do dia
Nas janelas que rebrilham...
Acende-se a fantasia

Trazes as faces rosadas
da correria e suor...
Teus olhos me beliscam...
Que se vai cantar o Fado!
Lisboa que bebeu a dor do Tejo
Em milénios de saudade...
Quantas partidas sem regresso...
E conquistas sem idade...

Lisboa...acolhedora e prazenteira
Te abres em leques de Sonho
em castelos e miradouros
A quem te ama de verdade

Lisboa...minha amada
és também acordeão
Nas mãos de um vagabundo
No pico da inspiração...

Lisboa por inventar...
Sadio rosto lusitano...
misturas sangue nas ondas
Quando o Mar te vem lavar...


Carlos Silva - Caldas da Rainha, 20 de Maio 98